A área da construção civil por muito tempo foi marcada somente pela presença masculina. Apesar de ser difícil, as mulheres permaneceram firmes e dedicadas nas profissões, desempenhando bravamente o seu papel.
Em 1936 Matilde Ucelay foi a primeira mulher a se formar em arquitetura na Espanha. Nessa época poucas mulheres tiveram educação formal para exercer a profissão de arquiteta, apenas quatro se matricularam no curso. Na década de 70 menos de dez mulheres se formavam por ano em Madri e Barcelona. A Casa Oswald em Puerto De Hierro (Madri), a Casa de Margarida Ucelaf em Long Island são algumas das obras da arquiteta.

Croqui da Casa Ucelay em Long Island. Imagem via “Blog de Jaime Urcelay”
A terceira mulher graduada em Arquitetura e uma das primeiras doutoras arquitetas da Espanha foi Maria Cristina Gonzalo Pintor. Formou-se em 1940, quase 10 anos após o início dos seus estudos (1932), que foram interrompidos em decorrência da Guerra Civil. Trabalhou por um período na Direção de Cidades Devastadas de Madri, porém a maior parte da sua vida profissional foi em Cantábria – Espanha
Achillina Bo (Também conhecida como Lina Bo Bardi) foi uma das primeiras mulheres a estudar arquitetura na universidade mais importante de Roma, La Sapienza. Em 1946 emigrou para o Brasil com o seu marido, e em 1951 obteve cidadania brasileira. Lina aceitou a parceria proposta pelo magnata Assis Chateaubriand de criar um museu de arte brasileiro, e então a arquiteta desenhou o projeto do MASP – Museu de Artes de São Paulo, um dos quatro principais marcos da arquitetura local.

MASP, inaugurado em 1968 na famosa Avenida Paulista
Enedina Alves Marques foi a primeira mulher negra a se formar em engenharia civil no Brasil (1945), e a primeira mulher a se formar em engenharia no Paraná. Trabalhou em diversas empresas, sempre rodeada de homens brancos, Enedina se destacou pelo seu trabalho e chegou a chefiar outros engenheiros e técnicos de obras. Hoje, tem seu nome no Livro do Mérito do Sistema Confea/Crea.

Engenheira Enedina Alves