A pandemia foi e é algo que atingiu todo o mundo, e está exigindo muito esforço em todos os campos de todas as áreas, incluindo a arquitetura e urbanismo. São tempos de grandes desafios e transformações… A palavra mais apropriada para o momento é “Motivação”. E para tanto, é preciso nos reinventarmos.
Com isso, nós conversamos com a arquiteta e urbanista Gabriela Rosado, formada pelo Centro Universitário Ritter dos Reis (UNIRITTER), para nos apresentar os desafios que ela vem enfrentando como arquiteta, durante a pandemia:
Fernanda: Gabriela, estamos há um ano em pandemia e isolamento social. Você acha que isso tudo de alguma forma acabou “bloqueando” o teu processo criativo, ou não?”
GR: “Num primeiro momento sim, quando “tudo parou” e ficamos mais do que os 14 dias isolados. Porém, logo aconteceu uma conexão muito bonita com o Lar, e essa conexão fez com que muitos clientes sentissem necessidade de personalizar seus ambientes, e o mais pedido foi o “Home Office”. Logo, aproveitei essa demanda e me foquei no trabalho e as incertezas e ansiedades do momento foram passando e dando espaço para a criatividade.”

Fernanda: Há um ano atrás, todos nós sentimos o impacto da pandemia. E hoje, isso está te influenciando em relação aos teus projetos? Mudou muita coisa com esta questão de atuar no home office?

GR: Sempre trabalhei via home office, e de dois anos para cá tenho o auxílio de dois arquitetos que fazem parte da equipe. Então não teve grandes mudanças na minha rotina. “… Apenas na forma de apresentação que também foi para o modo On, o que tornou mais seguro para todos, sem prejudicar a qualidade e mais praticidade.”, diz Gabriela.

Fernanda: Hoje em dia, nós sabemos que existem muitos faça você mesmo , que são aqueles vídeos de passo a passo na internet, e a pessoa querer produzir tudo aquilo em casa. Na pandemia, isso com certeza aumentou. Você acha que isso é um motivo de preocupação pra ti, como arquiteta?”
GB: Acredito que seja ao contrário, quanto mais falamos em casa, em transformações, em design de interiores, mais a minha profissão fica em evidência e é nesse momento que temos que aproveitar essa oportunidade e potencializar nossas habilidades como Arquitetos. Somos profissionais técnicos, diferente da galera DIY, lidamos com muitas coisas ao mesmo tempo, como: planilhas, previsão de tempo, imprevistos, compras, desenho, criação, entender e fazer o cliente conhecer o seu estilo, entre tantos outros papéis. Não somos concorrentes, e tem espaço para todo mundo.

Fernanda: E por último, nós perguntamos qual seria o legado que a pandemia irá deixar para a arquitetura.

GR: Sem dúvida, o olhar para o lar, priorizar a nossa casa (nosso habitat), a preferência por projetos mais confortáveis e com mais plantinhas . Além da integração dos ambientes para que as trocas sejam mais interessantes e o oposto também, espaços isolados para que os indivíduos possam coabitar e preservar as suas intimidades/particularidades.

Desta forma encerramos a nossa entrevista com Gabriela Rosado, arquiteta e urbanista, que compartilhou conosco algumas curiosidades da sua rotina em meio a pandemia. – Com certeza a pandemia marcou uma trajetória na vida de muitos profissionais, mas o que nos deixa tranquilos é ver que profissionais como a Gabriela estão conseguindo manter seu trabalho, com dedicação e exercendo o seu papel com criatividade e de forma brilhante.

Arquiteta e urbanista Gabriela Rosado

Arquiteta e urbanista Gabriela Rosado

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